sábado, 9 de março de 2013

Mais lenha na fogueira

Coube ao Proclamation dar continuidade ao festival. Tarefa ingrata. Mesmo assim, o eficiente clone espanhol do Blasphemy cumpriu a contento sua missão e conseguiu manter a galera ligada com o seu Ross Bay Cult. Em seguida entraram em cena os australianos do Ares Kingdom. Francamente, o death/thrash mediano da banda é muito light e excessivamente genérico para um festival desse tipo. Resultado: o público caiu pela metade. Muita gente aproveitou a ocasião para ir fumar lá fora ou caçar coisa no metal market. Já eu aproveitei para beber e recobrar as energias, ainda exauridas pelo matador show do Black Witchery. O Morbosidad, que havia sido remanejado do dia anterior, atraiu novamente a atenção do público para o palco. O som dos chicanos é muito legal e totalmente sintonizado com o espírito de festival. O seu primeiro full lenght é um marco do estilo. A apresentação, contudo, deixou um pouco a desejar. A banda não parecia muito coesa, talvez pelas excessivas mudanças de formação. A impressão é que, hoje, o Morbosidad é menos uma banda e mais um projeto do Tomas Stench (o vocalista) acompanhado por músicos de ocasião. Em seguida entrou em cena o lendário Sabbat, do Japão. Quem já viu um show do Sabbat sabe o que esperar: uma heavy/speed metal parodiando Venom, com direito a gritos agudos do vocalista e aos integrantes da banda vestidos com as indefectíveis tangas de couro. Muita gente acha a banda ridícula e se você não entrar no espírito fica difícil curtir os caras. Lá no início da carreira, nos míticos anos oitenta, os japas se levavam mais a sério, mas hoje a auto-ironia impera. Som simples e divertido. Foi legal para quebrar a sisudez do festival.


Proclamation



Os japas malucos do Sabbat

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