sábado, 9 de março de 2013

O encerramento

Na seqüência veio o apocalíptico Revenge. Meu amigo, é impressionante a massa sonora que o power trio canadense consegue produzir ao vivo. Supera o já hecatômbico som registrado em estúdio. Um negócio realmente atordoante. Sem dúvida foi o show mais brutal que já vi em minha vida. Ao contrário do Black Witchery – hoje talvez o outro grande nome do war black metal – o Revenge aposta mais na agressão do que na morbidez do peso, dando preferência a riffs mais esporrentos e a um timbre de guitarra mais agudo e cortante. Sem dúvida alguma são os legítimos sucessores do finado Conqueror. Possivelmente o melhor show do festival. Para fechar a noite, aquele que dispensa apresentações: o Blasphemy. Confesso que fiquei emocionado ao ver o Caller of the Storms e o Black Winds em cima do palco, fitando a platéia, na espera do fim da introdução do Fallen Angel of Doom, para iniciar o show. Lembrei-me dos tempos em que ouvi o disco a primeira vez, em 1991 ou 92, época em que o death metal imperava e o black metal existia apenas no underground mais obscuro. O radicalismo da música, totalmente influenciado por Sarcófago, converteu-me em fã imediato da banda. Sem conversa nem perda de tempo, e com ótima qualidade de som, executaram fielmente todos os seus clássicos, durante a mágica uma hora do show, inclusive Gods of War, o hino de pouco mais de vinte segundos que, na minha opinião, condensa tudo o que o war black metal deve ser. Tinha certo temor de que, dado o longo tempo sem gravar nada inédito – vinte anos –, o Blasphemy tivesse virado um cover de si mesmo. Tipo essas bandas antigas que fazem turnês de gratest hits por anos a fio. Qual nada! Os caras estão super afiados, em plena forma. Será um crime se não gravarem material novo. Lenha os caras já provaram que ainda têm para queimar.


Revenge


Blasphemy - os deuses do war black metal


Nenhum comentário:

Postar um comentário